domingo, 25 de novembro de 2012

Garibaldi afirma que PT nacional quer PMDB aliado a partidos contra o DEM

O PT quer que os partidos que apoiam a presidente Dilma Rousseff (PT) estejam num mesmo palanque nas eleições de 2014. A informação foi revelada na manhã deste sábado pelo ministro da Previdência, Garibaldi Alves Filho (PMDB), em entrevista ao Jornal de Hoje. O ministro disse que em recente encontro no Palácio da Alvorada, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse que estava na hora de PT e PMDB estreitarem o relacionamento nos estados. Na prática, isso significa que no Rio Grande do Norte, o PMDB será constrangido a deixar a aliança com a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) e se aliar a legendas da base de Dilma, como PT, PSB, PSD, PDT, PC do B e outros.
Segundo Garibaldi, a declaração de Mercadante não foi necessariamente voltada para o Rio Grande do Norte. Ele afirmou também que não se tratou de uma cobrança do Palácio do Planalto. “Aloizio Mercadante, na reunião do PMDB com o PT no Palácio da Alvorada, com a presença da presidenta Dilma, fez uma intervenção dizendo que era hora de pensar numa maneira de estreitar nos estados o relacionamento do PT com o PMDB, tendo em vistas as eleições de 2014″, explicou Garibaldi ao Jornal de Hoje.
Segundo o ministro, a presidente Dilma Rousseff não chegou a falar sobre o tema. “A presidente não deu uma palavra e ninguém comentou porque achou que não era hora de comentar isso. Não houve nada formal, nenhuma articulação política do governo”, declarou Garibaldi, um tanto preocupado com a repercussão desta informação, revelada ontem pela jornalista e blogueira Thaisa Galvão.
Em entrevista publicada no blog, o ministro da Previdência afirmou que, para as eleições de 2014, deverá haver uma “cobrança natural de cima para baixo” e acrescentou: “Na última reunião-jantar no Palácio da Alvorada, com presença da presidente Dilma, o ministro Aloizio Mercadante andou levantando essa questão. Mas não só em relação ao Rio Grande do Norte. Ele disse ‘vamos ver se nos estados as relações serão mais compatíveis, mais homogêneas com o Planalto. Como o PMDB com o PT’. Eu não sei em outros estados como está, mas Aloizio levantou isso na frente de Dilma”, disse.
Apesar de tratar o tema com delicadeza, Garibaldi tem consciência de que o Rio Grande do Norte é o único estado do país que é governado pelo DEM, partido de oposição ao governo federal. Como tal, será um dos que sofrerão a interferência do poder político central nas eleições de 2014.
Ainda sobre 2014, o ministro revelou que não será candidato a governador, conforme foi ventilado por peemedebistas em recente reunião do partido. “Eu acho que por isso aí não posso me responsabilizar. Se pelo menos eu tivesse disposição de oferecer meu nome. Como é que eu vou antecipar um debate como esse se eu não vou disponibilizar meu nome?”, respondeu o ministro, ao ser questionado sobre a possibilidade de ser candidato.
Entretanto, o ministro defendeu que o PMDB lance candidato próprio a governador do Rio Grande do Norte. Ele salientou, entretanto, que o ideal é isso acontecer se houver um nome competitivo na legenda. “Eu acho que o ideal seria isso, ter um candidato próprio ao governo. Mas a gente não pode correr o risco de ter candidato próprio sem ter um candidato forte, viável. Porque a autoestima vai lá pra cima e depois o resultado não corresponde. Mas, como eu disse, eu não quero antecipar esse assunto porque não vou oferecer meu nome”, afirmou. “Não é que eu não queira ser governador porque não sei nem se seria eleito. Eu não quero mais ser candidato. Eu já passei por isso e não quero mais”, completou o ministro na conversa com Thaisa.

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