terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

No Congresso, Dilma é vaiada ao defender CPMF

A presidente Dilma Rousseff foi vaiada na tarde desta terça-feira ao defender no plenário do Congresso a recriação da CPMF na abertura do ano legislativo. O barulho provocado por dezenas de parlamentares levou o presidente Renan Calheiros a acionar a campainha para que a presidente pudesse continuar a falar.
Ao iniciar seu discurso, Dilma Rousseff disse que é preciso ter uma “parceria com o Congresso” e prometeu adotar um limite para os gastos públicos e ainda uma meta fiscal flexível. Dilma ainda defendeu a reforma da Previdência.
— Vamos apresentar uma proposta exequível para todos os brasileiros. Nâo vamos e não queremos retirar qualquer direito dos brasileiros e das brasileiras — disse Dilma.
E destacou várias vezes o apoio do Congresso.
— Conto sempre com a parceria do Congresso para alcançar patamares mais altos. Queremos dar sequência à estabilização fiscal e assegurar a retomada do crescimento. Esses não são contraditórios, controle fiscal e equilíbrio Queremos construir com o Congresso, mais uma vez, uma agenda — disse Dilma.
A presidente disse que essa agenda servirá para uma “transição do ajuste fiscal para uma reforma fiscal, com o objetivo de dar sustentabilidade
— Vamos propor reformas que altere a taxa de crescimento das nossas despesas primárias. Um limite para o crescimento do gasto primário do governo, para dar mais previsibilidade fiscal e qualidade do gasto.
Ao chegar, Dilma foi recebida pelos presidentes da Câmara e do Senado, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e Renan Calheiros (PMDB-AL), e pelo presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski. Dilma foi cercada de políticos de diversos partidos da base e até mesmo alguns da oposição no caminho entre a rampa do Congresso e o plenário da Câmara.
A presidente cumprimentou muitos parlamentares com beijinhos e, já dentro do plenário da Câmara, ouviu-se um reduzido grupo de deputados da oposição falarem :”Fora, PT”, em baixo tom de voz. Alguns seguravam cartazes com o dizer: “Xô, CPMF”.
No momento em que Dilma subia à Mesa da Câmara, aplausos fracos se misturaram a vaias discretas.
O Globo


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