terça-feira, 21 de agosto de 2012

Servidores da Universidade Federal podem encerrar paralisação amanhã 22/08


A última reunião ocorrida entre os servidores técnico-administrativos das universidades federais e Governo Federal não trouxe novidades. No entanto, a expectativa da categoria é para que a proposta feita seja aceita e a greve seja encerrada. Durante assembleia extraordinária, sexta-feira passada, os servidores em greve da Universidade Federal do Rio Grande do Norte decidiram continuar a greve pelo menos até amanhã, quando será votado novamente o fim do movimento paredista.


A proposta apresentada ainda não é tida como a melhor para os grevistas, mas eles avaliam que pelo cenário atual composto por dezenas de categorias do funcionalismo federal em greve, os acordos acertados já significam uma conquista. É importante ressaltar que durante o ano passado, a greve se estendeu durante quase três meses e foi encerrada sem nenhuma reivindicação ser atendida. Portanto, o sentimento dos grevistas da UFRN é de que aceitem a proposta e a greve chegue ao fim amanhã, quando o número de participantes presentes na assembléia deve ser maior.
A proposta apresentada pelo Ministério do Planejamento oferece um reajuste de 15,8% a ser pago de forma escalonada durante três anos; um step (que funciona como uma espécie de reajuste no percentual em cima da promoção, seja ela vertical ou horizontal, recebida) de 3,7% em 2014 e 3,8% em 2015; o anexo IV de forma integral para 2013 e o anexo III também reivindicado. O anexo IV aumenta o percentual da graduação de 20% para 25%, da especial de 27% para 30% e mantém o de mestrado e doutorado como 52% e 75%, respectivamente. Já o anexo III diz respeito à soma das cargas horárias de cursos para efeito de progressão da carreira.
A Fasubra apresentou outra contraproposta solicitando que o reajuste passe a ser de 20% escalonado em três anos e também que os percentuais relacionados ao anexo IV também sejam alterados. No entanto, esta contraproposta não foi aceita e a decisão do Governo Federal é a proposta apresentada por eles.
Sem avanço desde o ano anterior, a pauta de reivindicações é praticamente a mesma que motivou a greve em 2011, ampliando algumas novidades devido às medidas recentes do Governo, como a tentativa de redução de salários dos médicos dos Hospitais Universitários (HUs) e a insalubridade e periculosidade dos servidores públicos (MP 568/12). É importante destacar que tanto universidades quanto institutos federais (IFs) possuem a mesma lei de carreira, o que também levou à deflagração da greve por parte dos servidores do IFRN.
Entre as várias reivindicações dos servidores técnico-administrativos estão a implantação do piso salarial de três salários mínimos e a isonomia salarial e de benefícios como alimentação, creche e saúde, além do posicionamento contrário ao Projeto de Lei 549 que pretende congelar os salários por 10 anos e ao PL 520 que visa privatizar os hospitais universitários. A reposição dos aposentados, a racionalização dos cargos, o pagamento da Vantagem Básica Complementar (VBC) e a luta para os 10% do PIB da educação a partir deste ano também são algumas das reivindicações dos grevistas. (Fonte:JH)

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