sexta-feira, 11 de setembro de 2015

Tereza Campelo: “Não se constrói política social sem investimento grande em recursos humanos”

Nesta quinta-feira (10), a ministra participou, com gestores e representes dos profissionais que atuam na rede de assistência social, da audiência de instalação da Mesa Nacional da Gestão do Trabalho do Suas 
Gestão do Trabalho do Sistema Único de Assistência Social (Suas), em audiência realizada nesta quinta-feira (10), em Brasília. A Mesa é um espaço de diálogo e negociação entre gestores e trabalhadores. “É desses profissionais que se constitui a rede de atendimento, apoio e proteção social do Suas”, acrescentou a ministra. 

Tereza Campello ressaltou que gestores e trabalhadores têm peso igual na discussão, e que a constituição da Mesa é um importante passo para a consolidação do Suas. “Estamos aqui também para discutir a capacitação dos nossos trabalhadores e, assim, garantir a padronização e a qualidade no atendimento à população”, disse. 

A qualificação dos profissionais também foi defendida pelo presidente do Conselho Naci onal de Assistência Social (Cnas), Edvaldo da Silva Ramos. “A principal tecnologia das políticas sociais são os trabalhadores. Por isso, essas tecnologias devem ser aprimoradas por meio de capacitação, que poderá permitir uma melhora na qualidade da oferta dos serviços e benefícios. Isso vai trazer cidadania e dignidade aos nossos usuários”, afirmou. 

Durante a abertura do evento, a ministra lembrou os avanços depois de 10 anos de existência do Suas. Atualmente, a rede de assistência social no país conta com mais de 600 mil trabalhadores e mais de 24 mil unidades de atendimento que ofertam os serviços e programas. “Temos uma rede complexa de trabalhadores, de categorias diferentes, para dar uma atenção completa aos usuários”, destacou. 

A representante da secretaria executiva do Fórum Nacional de Trabalhadores do Suas, Esther Lemos, acredita que a Mesa dará voz e visibilidade às condições de trabalho de profissionais da Rede Suas. “Infelizmente, ainda há contratos de trabalhos e vínculos precários pelo país. Vamos colocar as questões vivenciadas pelos trabalhadores para que eles sejam valorizados e tenham os direitos reconhecidos”, destacou. As principais demandas a serem apresentas pelo Fórum estão voltadas para a realização de concursos públicos e a elaboração de um plano de cargos e carreiras. 

Do outro lado, a diretora executiva da Cáritas Brasileira e representante dos empregadores da Rede Privada do Suas, Maria Cristina dos Anjos, ressalta que os frutos deste diálogo serão colhidos pelos usuários da política de assistência social. “Uma melhor qualificação, um maior reconhecimento desses trabalhadores do Suas, favorece a qualidade do atendimento aos cidadãos”, apontou. 

Instituída pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), a Mesa Nacional de Gestão do Trabalho do Suas tem seis representantes dos gestores públicos e privados e seis representantes dos trabalhadores do setor público e privado. A próxima reunião está prevista para novembro, quando se discutirá o regimento interno da instância.

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